domingo, 24 de julho de 2016

Segue, Olha, Admira...



Folheei as folhas soltas
Do meu diário
Que tem capa vermelha
E descobri uns escritos a tinta azul
Feitos com caneta de aparo
Que mergulhava em tinteiro azul
E nele reli
Algumas lições para colorir
E então voltei a rir
Porque o que escrevera
E que agora lera
Era o princípio do livro
Que naquela época
Não pudera ter
Não ri por não ter o livro
Ri da pertinência
De estudar ciência
Para poder obter o livro
Livro Sem título
Escrito num abecedário
De um saber primário
Hoje reconheço o valor
Daquele livro “Segue, Olha, Admira, Segue sem fim, um dia serás esquecida”
Onde tudo estava escrito


Cidália Rodrigues


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