sábado, 20 de janeiro de 2018

Uma nova hora



Uma nova hora



O relógio, roda, roda

Fazendo girar a hora

É dia

É noite

Dia fora

Virá ou não, uma nova hora



O relógio, roda, roda

Mais um dia no giro da roda



O relógio dita a hora

Caminhamos dia fora

Um dia o relógio prende a hora

Tudo parou

Porque era hora



20/01/2018

Cidália Rodrigues

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Janela



19/01/2018

Tantas vezes ali passo
Alentando o meu passo
Levanto os olhos
E recordo
As horas que ali passavas
Sempre à minha espera
Pelo canto da janela
Tanto olhavas
Até que chegava
E tu me perguntavas:
És tu filha?
Respondia
Com encanto e alegria
Sim, sou eu minha mãe
Um beijo lhe dava
Seus olhos brilhavam
À luz daquela janela
Por onde entrava o sol
Havia o tempo da esperança

Cidália Rodrigues


sábado, 13 de janeiro de 2018

Humanos


Como interpretes da Humanidade, todos os dias vemos imagens da falta de humanidade. Crianças que se abandonam, idosos que se desprezam, sei lá, tantas coisas que se veem. Será este o papel que identifica 
o mundo dos humanos, sãs esses os valores que há no mundo dos humanos?


Cidália Rodrigues

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Só o silêncio

Só o silêncio nos faz voar para lugares distantes
É no silêncio que se abraça
Toda a graça que a Vida tem para nos dar


Cidália Rodrigues

Gratidão

Em dia de GRATIDÃO,
Agradeço a todos os que procuram as minhas palavras, sejam elas modestas ou mais do que isso.
Aqui deixo o meu apreço, porque cada clique no meu blog é um alento para a minha vida.
Obrigado


Cidália Rodrigues

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Perfume de amor

Só isto
Porque nem tudo é triste
Toda a flor existe
Por sinal de vida e amor

Celebrar o dia com uma flor
Nela há perfume de amor


Cidália Rodrigues

sábado, 6 de janeiro de 2018

Sou de Mar



Sou de Mar


No mar fui gerada
Em águas calmas
Sou de Mar
Ao mar vim para amar
Amarei junto às terras do mar
No mar andei
Um dia, estou certa
Voltarei
Ao Mar
Em águas calmas
Onde a vida abracei
Sou de Mar
Mar onde fui gerada
Amada
Ao Mar um dia voltarei
Em águas claras

Cidália Rodrigues

Brancura dos dias



Brancura dos dias

Já perdi o conto das palavras que escrevi. Todas elas me deram a força para avançar e seguir em frente, porque só desse modo fazia sentido viver a vida.
Percebi, que, a escrita era a minha companhia em dias de incertezas, porque tudo é incerto. Agora estamos aqui, mas logo, o lugar pode ser outro.
Pela escrita, compreendi os dias que vivi. Agora que volto à leitura daquilo que escrevi, reparo que a minha alma está mais leve.
A brancura dos dias, trouxe-me a transparência e a lucidez. Por isso na minha escrita há água clara, terra lavrada, vejo as sementes que deram fruto. É este o barulho que ouço. O sussurro das águas que se movem e nelas vejo o transporte da vontade de crescer. Crescer, apenas crescer. Ver as flores e sentir-lhes o cheiro, perfume que se liberta e se expande, entranhando-se na leveza do SER.

06/01/2018

Cidália Rodrigues

Mais de trinta anos depois..



Mais de trinta anos depois de ter escrito este texto, o silêncio mantém-se, as noites seguem-se, os dias passam, os anos vão-se e o resumo da vida, é o puzzle que se vai construindo,  desvendo-se os caminhos difusos, com sorte, sem sorte, com luz e esperança, metas que se alcançam, montes que se ultrapassam, e um dia fica apenas a lembrança...


No silêncio da noite

Ao cair da noite, há um sabor amargo
De mais de um dia que finda!
Ouve-se o bate, bate do relógio
No silêncio persistente
Cai a hora, o minuto, o segundo.
Pensamos…
O que foi o ontem; o agora,
O que ficou por fazer!
A espera pelo amanhã distante
De poder construir
O que o agora não pôde ser feito!
Esperamos o silêncio que cai
Para nos elevar o espírito,
A vontade, a essência…
Reconhecer o eu, o tu e tudo;
O que ficou para trás é silêncio,
O agora é o estrondo, que nos faz saltar
Para o amanhã, ou para logo…
E desmontar o puzzle que foi
Semi-construído e partir de novo
Na ideia de poder refazer
O que o instinto não permitiu fortalecer!


Cidália Rodrigues