sábado, 6 de janeiro de 2018

Brancura dos dias



Brancura dos dias

Já perdi o conto das palavras que escrevi. Todas elas me deram a força para avançar e seguir em frente, porque só desse modo fazia sentido viver a vida.
Percebi, que, a escrita era a minha companhia em dias de incertezas, porque tudo é incerto. Agora estamos aqui, mas logo, o lugar pode ser outro.
Pela escrita, compreendi os dias que vivi. Agora que volto à leitura daquilo que escrevi, reparo que a minha alma está mais leve.
A brancura dos dias, trouxe-me a transparência e a lucidez. Por isso na minha escrita há água clara, terra lavrada, vejo as sementes que deram fruto. É este o barulho que ouço. O sussurro das águas que se movem e nelas vejo o transporte da vontade de crescer. Crescer, apenas crescer. Ver as flores e sentir-lhes o cheiro, perfume que se liberta e se expande, entranhando-se na leveza do SER.

06/01/2018

Cidália Rodrigues

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